quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fórum discute as dificuldades dos portadores de necessidades especiais da Zona Oeste

Acessibilidade, cortes de funcionários e capacitação para professores, foram os principais temas discutidos pelo 1º Fórum da Zona Oeste:“Cidadania, dignidade e as pessoas deficientes”, que aconteceu no dia 14 de março, na Igreja de Santana em Campo Grande.O evento contou com a participação do Subsecretário Municipal da Pessoa com deficiência, Alex Araújo, que representou o secretário Márcio Pacheco.
Demissões - Questionado sobre as demissões que aconteceram na antiga Funlar ( Fundação Lar e Escola Francisco de Paula)e que atualmente é a Secretaria Municipal da Pessoa com deficiência, o subsecretário disse que o problema é transitório.” O momento é de ajustes. Mas a questão orçamentária é temporária. A partir do segundo semestre a situação tende a normalizar”,explica.
Promessas- “O último censo do IBGE mostrou que a população do Rio de Janeiro é de 60 milhões de pessoas, sendo 14,5% de deficientes, o que dificulta o atendimento, devido à falta de verba”, revela. Mesmo assim, Alex afirma que a prefeitura está disposta a reverter o quadro. “O primeiro objetivo da nova gestão é normalizar e expandir ações. Atender a todas as mães, acabar com a fila de espera e criar mais Centro Integrados de atenção a pessoas deficientes”, prometeu.
Questionada sobre a falta de cursos de capacitação para professores que atendem alunos especiais na Zona Oeste, a assessora Licia Marca se comprometeu a viabilizar a qualificação.
Acessibilidade - A falta de transportes adaptados e a limitação da entrada de deficientes nos ônibus também foram pauta no encontro. Maria de Lourdes Germano, moradora de Bangu e mãe de um filho autista, diz que fica uma 1h esperando ônibus.”Mesmo quando estão vazio, o motorista não para. Tenho que ficar debaixo de sol, de chuva ou andar quilômetros para conseguir embarcar”, reclama. Segundo Lícia Marca, a culpa não é da prefeitura e sim da Rio-ônibus.” São as empresas de ônibus que limitam a entrada de gratuidade nos ônibus. E quem paga o ônus do “não” é a prefeitura”, revela. Mas promete mudar a lei, de maneira gradativa. Quanto aos ônibus adaptados, Alex disse que vão ser inserido aos poucos na frota.
O Fórum surgiu com um movimento de grupos de pais, que desenvolveram idéias a partir da Campanha da fraternidade de 2006 cujo tema foi pessoas com deficiências. O objetivo é informar os pais sobre leis e cursos e cobrar ações do poder público. Desses encontros saiu a Lei nº 4709 que trata dos portadores de autismo. O encontro é aberto aos pais, profissionais e escolas.

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